domingo, 3 de janeiro de 2016

Alimentar-se: um ato político!

O prazer de consumir e saborear  o que produz é, sem duvida, fruto de lutas e conquistas sociais. 
Na historia do Brasil, por exemplo, foi negado aos negros(as) o acesso aos alimentos produzidos por eles(as). Atualmente, muitos(as) agricultores(as) produzem o que não consomem e nem tem ideia do que produzem finalmente. Grande parte da população consome o que pode comprar e não o que precisam para nutrir o organismo. Outra parcela significativa da população tem recursos para adquiri alimento mas não tem a educação para assumir essa autonomia.   

O direito a alimentação está previsto na constituição brasileira mas nem sempre tem sido garantido. 
A garantia do direito a alimentação está relacionada portanto ao acesso as informações que possibilitam a  capacidade de diferenciar comida x alimento e, por consequência ter argumentos para reivindicar o direito conquistado.




Nessa perspectiva, a educação instrumentaliza o(a) consumidor(a) para exercer o protagonismo na sua história onde a segurança alimentar determina o final feliz.

Cada vez que nos rendemos ao consumo promocional sem capacidade de avaliar o que estamos adquirindo, colocamos em xeque as conquistas sobre a segurança alimentar e nutricional e nos tornamos algozes de nós mesmos.  Mas essa responsabilidade não pode pesar unicamente nos ombros da população . O cumprimento das leis é dever e primazia do Estado. Ampliar o acesso as informações tornando-as mais populares é fundamental para que, de fato, a alimentação se torne um ato político, fruto da capacidade crítica do(a) consumidor(a).



Lídia Lira 









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